segunda-feira, 15 de julho de 2013

Benefícios dos exercícios físicos no tratamento do Mal de Alzheimer


Postado por: Matheus Rômulo

Quanto mais a população mundial cresce, o numero de idosos aumenta gradualmente. Algumas doenças degenerativas estão aumentando significamente nas ultimas décadas, uma delas é a doença de Alzheimer ou Mal de Alzheimer,  maior causadora de demência na população idosa, perda de memória, confusão mental e agressividade. Atualmente sem cura,  a doença vem sendo bastante estudada por vários médicos e cientistas, sem uma cura definitiva é preciso recorrer à algumas medidas que possa amenizar essa patologia, e uma delas é o exercício físico.

Áreas afetadas no cérebro pela doença:
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Sabe-se que o envelhecimento é um processo extremamente natural do organismo, esse processo traz várias mudanças corporais, desde a diminuição de alguns sentidos, perda de flexibilidade e diminuição das habilidades motoras. Patologias relacionadas ao envelhecimento tem sido tratadas com mais frequência na medicina mundial, muitas pesquisas esclarecem que a prática de atividades físicas durante todas as fases da vida ajuda a prevenir inúmeras doenças e problemas de saúde. 

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Estudos comprovam que pessoas com cerca de 50 anos que fazem exercícios físicos regularmente podem diminuir mais que pela metade o risco de adquirir o Mal de Alzheimer, mesmo em pessoas que geneticamente tem a predisposição de desenvolver tal patologia.  Os mesmo estudos comprovam também que os indivíduos que desenvolveram a doença faziam muito menos atividades físicas durante sua fase adulta, o que resultou no desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros problemas.

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Alguns Benefícios do exercício físico na prevenção do Alzheimer:

- Poder de manter pequenos vasos sanguíneos do cérebro saudáveis
- Proteção contra hipertensão e diabetes
- Redução da proteína amiloide (proteína se acumula no cérebro dos pacientes com Alzheimer)




Referências:
CAROMANO, F. A.; IDE, M. R.; KERBAUY, R. R. Manutenção na prática de exercícios por idosos. Rev Dep Psicol UFF, Niterói, v. 18, n. 2, p. 177-192, 2006.
http://www.alzheimermed.com.br/perguntas-e-respostas/qual-e-a-importancia-da-atividade-fisica-no-tratamento
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57019&op=all

domingo, 14 de julho de 2013

Vídeo post: Metabolismo das gorduras e o exercicio físico.


Hormônios e Exercício Físico (Parte 2)

Postado por: Letícia Carluccio
 
Continuando a relacionar o exercício físico com a secreção de alguns hormônios, agora falaremos sobre a insulina/glucagon e catecolaminas.
 
No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise hepática pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon. O efeito do exercício na concentração de insulina é o contrário do que ocorre com o glucagon, estando suas concentrações diminuídas no período de atividade. Os fatores que podem levar à diminuição da insulina são o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das células musculares, a ação das catecolaminas e a liberação de glucagon.
A deficiência de insulina aumenta a utilização de gorduras como fonte de energia, ou seja, todos os aspectos da lipólise serão ativados. A enzima lipase hormônio sensível fica intensamente ativada, ocorrendo a hidrólise do triglicérides armazenados. Como consequência, os ácidos graxos serão liberados no sangue, sendo utilizados como principal substrato de energia.
 
 
 Os níveis plasmáticos de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) aumentam de maneira diferenciada.
A concentração de noradrenalina aumenta mais acentuadamente em taxas de trabalho superiores a 50% do volume de oxigênio máximo e a concentração de adrenalina só aumenta significativamente quando a intensidade do exercício passar de 70% do volume de oxigênio máximo.
A atuação em conjunto destes dois hormônios promove principalmente o aumento da taxa metabólica, a vasocontrição periférica (seguida pelo aumento da pressão arterial) e a bronquiodilatação, que permitirá o aumento da oferta de oxigênio para o corpo através do aumento da respiração.
Adrenalina pura!!
 
Veja aqui um texto que aborda as respostas fisiológicas do corpo quando há a frequência da secreção de  altas doses adrenalina (esse fato ocorre em praticantes de atividades muito radicais, como o paraquedismo, por exemplo)
http://reformadesaude.blogspot.com.br/2006/01/adrenalina-diga-no-essa-droga.html 
Muito interessante!!
 
Referências Bibliográficas:
MCARDLE, William; KATCH, Frank. Fisiologia do Exercício.7ªedição. editora Guanabara: Rio de Janeiro, 2011. p. 413-430.
FOSS, Merle. Bases Fisiológicas do Exercício. 6ª edição. editora Guanabara: Rio de Janeiro, 2000. p.427-450.
http://www.efdeportes.com/efd129/efeitos-metabolicos-e-hormonais-do-exercicio-fisico.htm
http://biodoexercicio.blogspot.com.br/2009/06/principais-hormonios-do-exercicio-parte.html

Hormônios e Exercício Físico (Parte 1)

Postado por: Letícia Carluccio

Os hormônios tem efeito sobre todos os aspectos de nossas funções corporais. Eles são capazes de determinar de que maneira o corpo responde a determinado estresse físico ou psicológico.

Durante o exercício físico, ocorrem várias desregulações fisiológicas, portanto há um desequilíbrio do organismo. Os hormônios irão reagir a este desequilíbrio a fim de integrar e regular as funções corporais.

Dentre os principais hormônios estimulados pelo exercício físico estão o GH, o ADH, o ACTH, a endorfina e as catecolaminas. Explicaremos a ação de cada um deles, além de ressaltar a insulina e o glucagon.
 
GH: O GH também é conhecido como hormônio somatotrópico, por ser produzido na hipófise anterior por tipos celulares denominados somatropos. Ele desempenha papéis importantes no controle das reações metabólicas do organismo pois promove o aumento do tamanho e da atividade mitótica de células específicas, como as células de crescimento ósseo e as células musculares inciais.
Além de seu efeito geral de provocar o crescimento, o GH regulas outros efeitos metabólicos, como o aumento da síntese de proteínas e o aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo. Estes ácidos graxos serão transportados para a corrente sanguínea e serão utilizados como fonte de energia por quase todos os tecidos corporais, com exceção do cérebro e da medula.
A liberação do GH é proporcional a intensidade do exercício. Em estudos foi constatado que há maior produção deste hormônio após a prática de treinamentos de força basicamente anaeróbios.
O aumento da liberação do GH ocorre principalmente nas duas primeiras horas de sono. Por este motivo é indispensável uma boa noite de sono após a prática de exercícios físicos.
 
 
ADH: Também chamado de hormônio antidiurético, o ADH é um hormônio hipofisário posterior. Ele atua na diminuição da excreção de água pelos rins.
Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores dos rins ficam quase impermeáveis, o que impede a reabsorção de água pelo organismo, produzindo uma urina bem diluída. 
Já na presença do ADH, a permeabilidade dos ductos e túbulos aumenta enormemente e permite que maior parte de água seja reabsorvida, conservando-a no organismo e produzindo uma urina concentrada. O aumento do ADH é primordial em praticantes de exercício físico porque a atividade muscular promove a transpiração e a consequente perda de líquidos.
 
 
ACTH: É o hormônio adrenocorticotropico. Praticamente qualquer tipo de estresse físico promove o acentuado aumento de ACTH pela hipófise anterior, seguido pela secreção adrenocortical de corticóides. (Faça uma visita ao blog de corticoides para entender com mais detalhes: http://corticoides97unb.wordpress.com/)
Os mineralcorticóides possuem efeitos sobre os eletrólitos dos líquidos extracelulares, em especial o sódio e o potássio. No caso, o principal mineralcorticóide estimulado pelo exercício é a Aldosterona. Sem este hormônio a concentração de íons potássio no organismo se eleva muito, eliminado rapidamente sódio e cloreto e reduzindo os volumes totais de liquido extracelular do organismo. Só para ter uma ideia, a perda total de secreções adrenocorticais provoca a morte do individuo em até 3 dias ou no máximo uma semana e meia.
As secreções de cortisol também serão estimuladas pelo exercício, pois estão intimamente relacionadas ao stress ao qual o organismo se encontra exposto. Este hormônio ativa respostas do corpo ante situações de emergência para ajudar a resposta física aos problemas, aumentando a pressão arterial e o açúcar no sangue, propiciando energia muscular. A gliconeogênese é ativada, bem como a mobilização de ácidos graxos e o catabolismo de proteínas. Os exercícios regulares também liberam endorfina, que mantém os níveis de cortisol adequados.
 
A endorfina deriva-se das palavras endo (interno) e morfina (analgésico). É responsável pela sensação de bem-estar, conforto e melhor estado de humor. Algumas pesquisas constatam que os efeitos da endorfina podem ser sentidos em média 1 hora após a sua liberação. Este fato explica a sensação de bem-estar após a pratica de atividades físicas. Quanto maior a intensidade dos exercícios, maior será a excreção de endorfina.
 
Referências Bibliográficas:
MCARDLE, William; KATCH, Frank. Fisiologia do Exercício.7ªedição. editora Guanabara: Rio de Janeiro, 2011. p. 413-430.
FOSS, Merle. Bases Fisiológicas do Exercício. 6ª edição. editora Guanabara: Rio de Janeiro, 2000. p.427-450.
http://www.palavrademedico.com.br/cresc.html
http://www.assessocor.com.br/noticias.aspx?__idNot=230

Exercício Físico e Hipertensão

Postado por: Thales Alexandre e Matheus Rômulo

A Hipertensão:

Uma definição comumente usada para hipertensão é: "uma doença crônica  determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular sangue através dos vasos sanguíneos". Basicamente isto quer dizer que, por algum motivo, o corpo do indivíduo se vê na necessidade de aumentar o fluxo sanguíneo continuamente (daí a definição crônica), o que requer um maior trabalho do coração. É importante notar que a elevação da pressão temporária pode ocorrer em diversas situações como momentos de estresse físico ou psicológico, e não necessariamente traz consequências danosas para o corpo. A sua elevação contínua, porém, pode trazer vários problemas como a aterosclerose, hipertrofia do ventrículo esquerdo (que por sua vez aumenta a chance de ataque e insuficiência cardíaco), problemas cerebrais como ataque isquémico transitório, insuficiência renal, entre outras.



Exercícios físicos ajudam a controlar a hipertensão:

Estudos buscam meios de diminuir os efeitos dessa disfunção na pressão arterial, e até mesmo controlá-la por completo. Vários fármacos conhecidos como anti-hipertensivos, que atuam na resistência periférica e/ou débito cardíaco mostraram sua eficiência, porém, muitos pesquisadores buscam outros meios de controlar a doença, com a função de aumentar a eficácia dos medicamentos ou até mesmo eliminar a necessidade de seu uso. Há comprovação de que os exercícios físicos podem provocar uma redução na pressão arterial, porém, é importante observar o tipo de exercício e como ele deve ser feito para que os benefícios gerados sejam consistentes.

O que dizem os estudos:

"Tem sido amplamente demonstrado que o treinamento físico aeróbio provoca importantes alterações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular", escreveram Maria Urbana P. Brandão Rondon e Patricia Chakur Brum em um estudo chamado Exercício físico como tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial. Elas defendem que certas medidas alternativas como redução de peso, diminuição na ingesta de sódio e álcool e prática de atividade física regular podem ser, dependendo do grau de hipertensão, disponibilidade e aderência do paciente, aplicadas como tratamento único, não farmacológico ou em concomitância com o tratamento farmacológico. Este estudo cita vários outros nos quais o exercício físico provocou reduções que variaram de 3,8 11 mmHg na pressão arterial sistólica e de 2,6 a 8 mmHg na pressão arterial diastólica. Essas variações estavam relacionadas à etnia, idade e ao gênero dos pacientes, que de acordo com as autoras são fatores importantes a se considerar na avaliação do efeito hipotensor do exercício. O estudo frisa que nem todos os pacientes respondem a medida e que ela abrange certa de 75% dos afetados pela hipertensão, tendo mais efeito em casos leves e moderados. O efeito positivo do exercício físico nessas pessoas, porém, é indubitável.

Mecanismos de ação do exercício físico na pressão arterial:

Se por um lado há poucas dúvidas acerca do fato de que o exercício físico produz um efeito hipotensor, os meios pelos quais ele o faz são bastante debatidos e investigados. O estudo das mesmas autoras mencionadas acima menciona várias referências que defendem que um dos mecanismos possíveis para
explicar a diminuição na pressão arterial com o treinamento físico é a diminuição da resistência vascular periférica, a qual está relacionada à diminuição na atividade nervosa simpática, que os estudiosos acreditam ser causada pela redução nos níveis de noradrenalina plasmática ou spillover de noradrenalina,aumento na sensibilidade barorreflexa (Capacidade de resposta reflexa da frequência cardíaca às oscilações na pressão arterial (PA), tendo como objetivo a manutenção da PA em níveis relativamente estreitos), pela redução na atividade nervosa simpática periférica e pelo aumento na liberação de prostaglandina E (que tem ação vasodilatadora). Outros estudos abordam efeitos diferentes e defendem que o exercício físico pode provocar diminuição no volume plasmático e no volume sistólico, que podem causar diminuição no débito cardíaco, a qual após o exercício pode ser relacionada a uma braquiocardia de repouso em consequência de um menor tônus simpático no coração.

Referências Bibliográficas:

Aminoácidos e o exercício físico (Parte 2)


Postado por: Matheus Rômulo e Thales Alexandre

Sabe-se que alguns aminoácidos em especifico são bastantes utilizados por atletas e praticantes de atividades físicas em geral, esse aumento do uso desses aminoácidos é devido aos grandes benefícios promovidos por estes aminoácidos.

BCAA's:

Um dos suplementos de aminoácidos mais usado são os BCAA's, que são aminoácidos de cadeia ramificada, que compreendem em 3 aminoácidos essenciais (não produzidos pelo organismo, como explicado na postagem anterior) , são eles a leucina,  isoleucina e a valina, obtidas principalmente em fontes proteicas de origem animal.


Benéficios dos BCAA's:

Muitos estudos em relação a suplementação de BCAA's mostram que o uso pode ser bastante efetivo na  promoção do anabolismo proteico muscular e na diminuição das lesões musculares que ocorrem geralmente depois de um exercício físico intenso.  A leucina induz a estimulação da adição de um grupo fosfato (fosforilação) de proteínas, estimulando a síntese proteica, contribuindo assim para o melhoramento da condição física do praticante de atividade física ou atleta.

Glutamina:

Bastante abundante no corpo humano e encontrado em grande quantidade no tecido muscular. A glutamina é classificada como um aminoácido condicionalmente essencial, que pode ser sintetizada pelo organismo, porém algumas patologias podem inibir a produção deste aminoácido.


Principais benefícios:

- regulação da síntese protéica;
- inibir catabolismo muscular;
- estocagem de glicogênio após o exercício;
- tamponamento do pH sanguíneo;
- participação da função imune e de células intestinais.

Em exercícios de esforço físico intensos, a concentração da glutamina pode diminuir até em 50%,  o que leva a um quadro de deficiência, necessitando assim de uma suplementação adequada desse aminoácido.  A glutamina está relacionada à regulação metabólica feita pelo estado da hidratação celular, feita pela entrada de aminoácido nas células, que serve como um estímulo para produção ou não produção da degradação da proteína e do glicogênio, o que ajuda na melhor hipertrofia muscular.  Lembrando que exercício muito intensos estão ligados à depressão imune, onde a glutamina é produzida e liberada pelas fibras musculares que serão utilizadas pelos linfócitos (células de defesa).

L-Carnitina:


A L-Carnitina é sintetizada naturalmente pelo corpo humano através da através da Lisina, da Metionina, das Vitamina C, B3 e B6, bem como do Ferro.  É também encontrada em alimentos  como carnes vermelhas, peixe, leite e derivados. A síntese natural somada à ingestão proveniente de alimentos é considerada suficiente para a maioria das pessoas e, embora existam atletas que buscam a suplementação desse aminoácido, não há estudos que comprovem aumentos nos benefícios para aqueles que o fazem. Os principal papeis desse aminoácido são  garantir a transferência de ácidos graxos para a mitocôndria, onde eles sofrerão oxidação, regeneração da coenzima A, o que justifica seu envolvimento no metabolismo energético, e garantir  eliminação de substâncias xenobiótoicas (compostos químicos estranhos ao organismo).

Principais Benefícios:


Manter os níveis de L-carnitina dentro do normal trás benefícios que incluem maior facilidade na perda de gordura e no ganho de massa muscular, maior densidade óssea, maior proteção contra danos cardíacos e renais, além de auxiliar em tratamentos como infertilidade masculina e diabetes tipo II.

L-Arginina


A arginina está intimamente ligada ao óxido nítrico (NO2) no que se refere a exercícios físicos. Sabe-se que a segunda substância possui capacidade vasodilatadora e que tem um papel importante no suprimento de oxigênio às células musculares durante o exercício, sendo capaz de aumentar seu aporte de nutrientes e eficiência da oxigenação muscular, resultando em diminuição do oxigênio necessário e consequentemente aumentando a performance do praticante de exercícios. Há outros estudos que ligam a ingestão de arginina com o aumento da secreção de hormônio do crescimento (GH), pois ele suprime a produção endógena de somatostina, um hormônio inibidor do GH.

Suplementação com L-Arginina

Estudos feitos utilizando uma única dose de 6 gramas de arginina mostraram sua eficácia. Existem diversas formas de se obter a L-Arginina e portanto as doses recomendadas para obter seus efeitos variam de 2-3 gramas (arginina ethyl-ester) a 3-5 gramas (L-Arginina ou Arginina-cetoglutarado) de 60-90 minutos antes de praticar exercícios físicos. Há atletas que vêem benefícios na ingestão de arginina logo de manhã, além da dose pré-treino habitual, com a intenção de aumentar a vasodilatação, secreção de GH e distribuição de oxigênio logo no início do dia. Há pesquisas envolvendo uma outra substância chamda citrulina, cuja ingestão na forma de citrulina malato seria capaz de causar uma síntese de arginina maior do que a própria ingestão da substância, partindo da premissa de que a citrulina é sintetizada em arginina no fígado.



Referências:
http://www.ajinomoto.com.br/enciclopedia/sports.html
http://www.rgnutri.com.br/sp/suplementos/glutamina.php

Aminoácidos e o exercício físico (Parte 1)

Postado por: Matheus Rômulo e Thales Alexandre

É notável que há algum tempo o uso dos aminoácidos já era bastante usado por atletas profissionais, porém atualmente esse uso está ganhando muito prestígio entre todos os tipos de praticantes de atividades físicas.
Bioquimicamente,  um aminoácido é uma molécula orgânica formada por um grupo amina e um grupo carboxila e uma cadeia lateral que é especifica em cada um dos aminoácidos. Existem três classificações nutricionais para os aminoácidos, aminoácidos não essenciais (que podem ser sintetizados pelo organismo), aminoácidos essenciais (não podem ser produzidos pelo organismo, tendo como fonte a alimentação) e finalmente aminoácidos condicionalmente essenciais (onde algumas patologias impedem a síntese de aminoácidos específicos, tendo que ser obtido através da ingestão de alimentos vegetais e animais).

Aminoácidos e os benefícios nos exercícios físicos.

Durante o exercício físico (curto ou prolongado) o consumo de aminoácidos pelos músculos aumenta proporcionalmente pela duração e intensidade do esforço físico realizado no exercício. No inicio do exercício físico, predomina as fontes energéticas primárias ATP E CP, de acordo com a continuação do exercício, as concentrações de ADP aumentam, estimulando a ação da enzima fosfotrutoquinase, elevando a dissolução do glicogênio muscular. Com isso a degradação dos carboidratos passa a ser usado como maior fonte energética, gerando dois ou três mais moles de ATP, quando utiliza a glicose circulante (glicose no sangue) ou glicogênio muscular, que degradará até piruvato. Nas atividades de longa duração a promoção da maior utilização dos ácidos graxos livres (AGL) respondem pelo maior aporte energético, essa atividade física utiliza a via aeróbica como principal fonte energética.

Já nas atividades de curta duração e elevada intensidade têm alterações metabólicas diferentes que as de longa duração, tendo a degradação do glicogênio muscular como a mais predominante fonte energética.  A via anaeróbia é a via preferencial que fornece energia para acatar a demanda da célula muscular, devido a sua rapidez, a quebra do ATP a ADP+Pi fornece em torno de 2,6 micromoles de ATP por minuto e por grama de músculo, já na oxidação da glicose forma-se 1, 0,5 e 0,24 micromoles de ATP por minuto e por grama de músculo.  Sabe-se que a participação das proteínas (constituídas por aminoácidos) como fonte energética em atividades moderadas, é essencialmente mais necessária do que em atividades mais intensas.

Benefícios:

- Melhora do condicionamento físico
- Inibição e recuperação da fadiga muscular
- Construção e reconstrução das fibras musculares
- Aumento resistência física e mental

Destino cetogênico e glicogênico:

Essas classificações são dadas quanto ao destino do aminoácidos devido a excreção do grupo amina em três formas:

- Ureia (Mamíferos)
- Amônia (Peixes)
- Ácido úrico (Aves e répteis)

Porém, o foco dessa postagem são os efeitos no organismo humano. O destino cetogênico ocorre quando o álcool restante da quebra desses aminoácidos vai pra o Ciclo de Krebs na forma de Acetil-coenzima-A (acetil-coA) ou qualquer outra substância, são chamados assim (aminoácidos cetogênicos) porque produzem corpos cetônicos, mais evidente quando a diabetes mellitus está presente no organismo, fazendo com o fígado aumente a produção desses corpos cetônicos.
Já o destino glicogênico é quando o álcool excedente da quebra dos aminoácidos vai para a via glicolítica (glicólise), esses aminoácidos são degradados em piruvato, a-cetoglutarato, succinil-coa, fumarato ou oxaloacetato, denominados aminoácidos glicogênicos, produzindo glicose a partir desses aminoácidos.

                                                                           CONTINUA...
                                                      

                                             

Referências:

LEHNINGER, A. L. Bioquímica. Volumes 1-4. Ed. Edgard Blücher LTDA. 1976. TIRAPEGUI, J. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. Atheneu, 2000.

http://www.ajinomoto.com.br/enciclopedia/sports.html

http://dreduardoreis.com.br/wp-content/uploads/2012/11/ASPECTOS-ATUAIS-SOBRE-EXERC%C3%8DCIO-F%C3%8DSICO-FADIGA-E-NUTRI%C3%87%C3%83O.pdf

Exercício Físico e Envelhecimento - parte 3: Osteoporose

Postado por: Marina Cavalcante

Entenda como o exercício físico atua no fortalecimento dos ossos para a prevenção e tratamento da osteoporose através do vídeo a seguir:


sábado, 13 de julho de 2013

Exercício Físico e Envelhecimento - parte 2: Sarcopenia

Postado por: Marina Cavalcante

A sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa e função muscular que ocorre com o envelhecimento, é uma condição com grande prevalência no idoso, tendo um efeito devastador na sua qualidade de vida.

Com o envelhecimento, observa-se uma tendência para a redução na massa muscular, causado pela diminuição no tamanho e/ou perda quantitativa e qualitativa das fibras musculares. Os mecanismos possíveis para a diminuição da massa e qualidade muscular incluem uma diminuição da inervação do músculo esquelético pelos motoneurônios alfa, declínio da densidade capilar, atrofia das fibras musculares do tipo II, responsáveis pela contração muscular rápida, aumento em gordura intramuscular e no tecido conjuntivo. 


A diminuição na inervação do músculo causa diminuição na capacidade de contração muscular. Sem esse estímulo, ocorrerá uma deficiência de impulsos elétricos para o músculo com iminente atrofia por desuso, onde um desuso crônico aumenta a suscetibilidade da mitocôndria à morte celular programada, a apoptose. O exercício pode reduzir a morte celular mediada pela mitocôndria, através da redução na liberação de proteínas pró-apoptóticas e atenuação na produção nas substâncias reativas ao oxigênio, e assim combater o início dos eventos apoptóticos que acontecem durante a sarcopenia.

A perda das fibras musculares do tipo II significa uma diminuição das proteínas de cadeias pesadas de miosina, que se transformam para o tipo mais lento, o que pode afetar a velocidade do ciclo das pontes transversas de actina e miosina nas contrações musculares, além de uma concomitante diminuição de atividade da miosina ATPase, que é responsável por ativar os espaços específicos nos elementos de desenvolvimento de força e permitir a contração muscular. Nesse caso, o treinamento de força seria ideal, por propiciar um aumento no tamanho do músculo em decorrência do resultado do aumento nas proteínas contráteis.

O declínio da densidade capilar acarretará em um menor aporte de oxigênio e nutrientes para o tecido, e juntamente com a atrofia das fibras musculares do tipo II, o aumento em gordura intramuscular e no tecido conjuntivo, reduzem o volume de tecido contrátil disponível para locomoção e para as funções metabólicas.

A quantidade de massa muscular perdida com o envelhecimento depende da atividade física, sendo a taxa de perda menor naquelas que a praticam regularmente. 

Assim, a atividade física e em especial o treinamento com pesos, por diminuir os efeitos negativos do envelhecimento sobre os aspectos neuromusculares, pode minimizar ou mesmo reverter a sarcopenia que prevalece entre os indivíduos mais velhos.







Referências Bibliográficas: 




http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=1141