Observação: durante a explicação sobre a fibras rápidas, foi dito que não é necessária a utilização de oxigênio para que ocorra a glicólise, mas a glicólise pode ser aeróbia ou anaeróbia. No caso da explicação mencionada no vídeo (2:34min), tratamos da glicólise anaeróbia, em que haverá produção de lactato sem o uso de oxigênio.
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Tipos de Fibras Musculares (Parte 2: Fibras Rápidas)
Postado por: Letícia Carluccio
As fibras musculares rápidas podem ser dividas em dois subgrupos: as fibras rápidas glicolíticas oxidativas (IIa) e as fibras glicolíticas rápidas (IIb).
As fibras musculares rápidas podem ser dividas em dois subgrupos: as fibras rápidas glicolíticas oxidativas (IIa) e as fibras glicolíticas rápidas (IIb).
As fibras tipo IIa ou fibras
glicolíticas oxidativas são as fibras intermediárias (possuem aspectos
de transição entre fibras tipo I e tipo IIb), caracterizadas por possuírem
muitas mitocôndrias (organela na qual ocorre o processo de respiração celular)
e mioglobinas. Por essa concentração de moléculas ser um pouco menor do que nas
fibras lentas, as fibras do tipo IIa apresentam coloração rosada.
Essas fibras possuem também grandes
quantidades de glicogênio, capacidade de efetuar glicólise anaeróbica e possuem
contração rápida e resistente à fadiga, responsável pela geração de alta tensão
muscular.
Ass fibras tipo IIa
serão mobilizadas quando houver necessidade de graus médios de contração por
períodos não muito prolongados mas também não muito curtos (até alguns
minutos).
Exemplo: corredores
de 400 e 800metros.
Outros exemplos:
Outros exemplos:
Florbela Machado:
nadadora e recordista nacional de 800 metros livres
Charlotte Harisson: jogadora de hóquei da seleção
da Nova Zelandia nas Olimpíadas de 2012.
As fibras tipo IIb ou fibras glicolíticas rápidas podem
também ser chamadas de fibras brancas, devido a pequena quantidade de
mioglobina e mitocrôndria. Portanto, estas fibras possuem baixa capacidade de
utilização de oxigênio para manter sua atividade. Apresentam alta atividade
enzimática anaeróbica, além de armazenar alta quantidade de glicogênio. Sua
atividade ATPásica é mais rápida do que em todos as outras fibras, por
conseguinte irá apresentar alta capacidade de contração rápida (a velocidade de
contração e tensão gerada é 3 a 5 vezes maior comparada às fibras lentas!),
gerando movimentos rápidos, poderosos e precisos.
O tênis é um esporte que exige movimentos de explosão, rápidos e precisos. Na foto: Maria Kirilenko (#15 no WTA Ranking)
Um aspecto importante sobre as fibras tipo IIb é o
fato de se fadigarem rapidamente, como resultado da produção de ácido lático.
Predomina em atividades anaeróbias que exigem arranques, bruscas paradas, arranques com variação de ritmo e saltos.
Exemplos: basquete, futebol, tiros de até 200 metros, musculação, levantamento de peso, entre outros.
Usain Bolt: considerado o maior
velocista de todos os tempos. Recordista mundial das corridas de 100 e
200 metros rasos.
Levantamento de peso
Até o próximo post!
Referências:
ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech. Histologia:
Texto e Atlas. 6ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 2012. p. 323 e 324
http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/14991/fibras-de-contracao-lenta
http://weheartit.com/entry/51823840?pgx=NewNav
http://weheartit.com/entry/16071600?pgx=NewNav
http://weheartit.com/entry/61330873?pgx=NewNav
http://www.publico.pt/desporto/noticia/nadadora-florbela-machado-bate-recorde-nacional-1589491
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Tipos de Fibras Musculares (Parte 1: Fibras Lentas)
Postado por: Letícia Carluccio
Olá!
Olá!
Conforme explicado na postagem anterior, existem três tipos
distintos de tecido muscular. No blog
será enfatizada a ação do tecido muscular estriado esquelético, ou seja, dos
músculos que permitem os movimentos voluntários em nosso corpo. Este post é
dividido em duas partes e foi elaborado de forma a elucidar os tipos de fibras
musculares que constituem este tipo de tecido.
Existem dois tipos de fibras musculares: as fibras lentas (tipo I) e as fibras rápidas (tipo IIa e IIb)
As fibras lentas (tipo I) ou oxidativas possuem uma baixa atividade ATPásica. Sabemos que o ATP é a unidade de energia utilizada pela célula, e este tipo de fibra possui uma baixa atividade de quebra de ATPs, portanto o músculo será caracterizado por possuir contração lenta. São os músculos utilizados para atividades de resistência.
Mountain Biking
São também caracterizadas por possuir altas concentrações de compostos orgânicos, como glicogênio e gorduras, pois tais moléculas são passíveis de serem oxidadas no metabolismo para produção de ATP.
Justamente por possuírem elevado potencial oxidativo, essas
fibras serão mobilizadas durante atividades de longa duração.
Corridas de longa duração
Outros exemplos de atividades realizadas por músculos de contração lenta: natação, maratona, triathlon, spinning, jump, entre outros.
As principais fibras dos músculos longos das costais são as fibras lentas, que são adequadas à contração lenta e longa, necessária para a manutenção da postura corporal.
Stand Up Paddle: Postura corporal
Referências:
http://weheartit.com/entry/63000969?pgx=NewNav
http://weheartit.com/entry/55568309?pgx=NewNav
http://weheartit.com/entry/59849519?pgx=NewNav
http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/14991/fibras-de-contracao-lenta
ROSS, Michael H.: PAWLINA Wojciech. Histologia: Texto e Atlas. 6 ed. Guanabara: Rio de Janeiro, 2012. p.321
terça-feira, 7 de maio de 2013
Tipos de tecido muscular
Postado por: Letícia Carluccio
Olá pessoal!
Sejam bem-vindos ao nosso blog de Bioquímica do Exercício! Iremos dar início as nossas postagens explicando as principais diferenças entre os tipos de tecido muscular encontrados em nosso corpo.
Basicamente, um tecido é um
conjunto de células iguais ou diferentes que irão trabalhar para um fim em
comum. No caso do tecido muscular a palavra de ordem é contração. Ele é
caracterizado por ser constituído de células alongadas que possuem a capacidade
de se contrair e, portanto permitir os movimentos realizados em nosso corpo.
Existem três tipos de tecido
muscular: o tecido muscular liso, o estriado cardíaco e o estriado esquelético.
Esses tipos de tecido irão diferir principalmente na atividade de contração,
que poderá ser voluntária ou involuntária.
O músculo liso pode ser
encontrado principalmente em nossas vísceras e esse tipo de tecido não efetua
movimento voluntário, ou seja, sua atividade de contração é involuntária,
caracterizada também por ser lenta e possuir períodos de tensão relativamente longos.
Um exemplo de contração que acontece nas vísceras são os movimentos
peristálticos, que irão empurrar o bolo alimentar ao longo do trato digestório.
Outro movimento característico do tecido muscular liso é a vasoconstrição (o
processo de contração dos vasos sanguíneos).
O tecido muscular estriado
cardíaco é assim chamado por estar presente no coração e pelo fato de suas
células alongadas possuírem padrões de estrias longitudinais quando observadas
ao microscópio. Essas estrias, nada mais são do que os arranjos dos sarcômeros,
ou seja, os conjuntos das fibras contráteis (esse conceito será melhor
explicado no post relacionado á contração muscular). É importante lembrar que o
tecido muscular liso também possui proteínas contráteis, porém não estão
organizadas de modo a formar um padrão de estrias. A contração do tecido
muscular cardíaco possui contração ritmada e involuntária.
O tecido muscular estriado
esquelético também apresenta um padrão de estrias. Na imagem abaixo, podemos
observar que as células musculares são multinucleadas, onde tais núcleos se
encontram nas porções periféricas das células, denotando que existe uma intensa
atividade metabólica das células que compõem este tipo de músculo. O tecido
estriado esquelético possui esse nome porque além da presença de estrias, está
ligado ao esqueleto, permitindo os movimentos voluntários, (ou seja, o
indivíduo possui controle sobre os movimentos, visto que eles são desencadeados
por impulsos nervosos).
Até o próximo post!
Referências:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1512
MARZZOCO,
Anita; BAPTISTA, Bayardo. Bioquímica Básica. 2 ed. Guanabara: Rio de Janeiro,
1999. p. 303.
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