Como surge:
A maioria dos praticantes de atividade física já se deparou com o termo Overtraining, mas poucos sabem do que realmente se trata.
De acordo
com Smith LL, muitos dos
esportistas e treinadores físicos utilizam uma estratégia que consiste em
aumentar cada vez mais a intensidade do exercício e diminuir os intervalos de
descanso entre eles, escolhendo então momentos específicos para um repouso
proporcionalmente maior ao tempo de esforço, na expectativa de obter um aumento
no desempenho do atleta, mas, por não respeitar os intervalos de descanso
periódicos tradicionais somada ao aumento progressivo de carga e intensidade do
treino se torna cada vez mais extenuante, o que pode levar o atleta a atingir
um estágio de exaustão muscular conhecido como overreaching,
condição que pode ser recuperada a curto prazo. O overreaching faz parte do
planejamento dessa estratégia e da teoria na qual ela se baseia, conhecida como
“teoria da supercompensação”.
Nem
sempre, porém, o atleta se recupera como planejado, e passa a apresentar sintomas
da síndrome de overtraining.
Existem
outras teorias que buscam justificar a incidência dessa síndrome, como outra
hipótese formulada pelo mesmo Smith que supõe que microtraumas esqueléticos
e/ou musculares naturalmente causados por exercícios podem levar ao
overtraning, ou outra, formulada por Kreider RB. Que acredita que a depleção
dos estoques do glicogênio muscular e, consequentemente, da energia, pode
desencadear reações em cadeia envolvendo a oxidação intramuscular dos aminoácidos
de cadeia ramificada, “o que facilitaria a captação hipotalâmica de triptofano
livre e, consequentemente, promoveria uma maior síntese de serotonina (ou
5-hidroxitriptamina) a partir do triptofano, desencadeando a fadiga central e,
possivelmente, a síndrome de overtraining”. (trecho colado
diretamente do artigo: Aspectos neuroendócrinos e nutricionais em atletas com
overtraining). Eric Newsholme propõe que a diminuição nas taxas de glutamina
observada em atividades físicas prolongadas poderiam reduzir a resposta imune
do corpo, associada ao aumento na taxa de infecções em pessoas com síndrome de
overtraining. Existem também pesquisadores que associam altas concentrações de
cortisol no sangue à queda de desempenho esportivo e à síndrome supracitada,
por ele ser um hormônio hipoglicemiante, catabólico, causador de insônia e
inibidor de hormônios reparadores como o GH e a testosterona.
Principais sintomas e como evitar:
Os
principais sintomas de overtraining envolvem paralisação no ganho de massa
muscular, falta de energia logo no início do treino, dor muscular mesmo após
grande período de repouso, dificuldade para dormir e má qualidade no sono,
sintomas de depressão e ansiedade, falta de apetite, diminuição da imunidade,
náuseas e alterações cardiovasculares.
Como se pode
notar, muitos dos sintomas dessa síndrome se assemelham aos de outras doenças,
por isso um auto diagnóstico pode ser muito impreciso. O melhor a se fazer é
manter sempre certos cuidados, atletas ou praticantes de atividade física
intensa devem manter algum tipo de acompanhamento de um treinador físico,
médico, nutricionista e psicólogo e ter um bom conhecimento do próprio corpo e
de como ele reage aos estímulos de sua rotina pesada.
Referências bibliográficas:
http://www.hipertrofia.org/blog/2012/02/15/o-que-voce-realmente-precisa-saber-sobre-o-overtraining/http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302005000300006&lng=en&nrm=isso
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