quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entenda o que é, como acontece e como evitar o Overtrainning.

Postado por: Thales Alexandre

Como surge: 
A maioria dos praticantes de atividade física já se deparou com o termo Overtraining, mas poucos sabem do que realmente se trata.

De acordo com Smith LL, muitos dos esportistas e treinadores físicos utilizam uma estratégia que consiste em aumentar cada vez mais a intensidade do exercício e diminuir os intervalos de descanso entre eles, escolhendo então momentos específicos para um repouso proporcionalmente maior ao tempo de esforço, na expectativa de obter um aumento no desempenho do atleta, mas, por não respeitar os intervalos de descanso periódicos tradicionais somada ao aumento progressivo de carga e intensidade do treino se torna cada vez mais extenuante, o que pode levar o atleta a atingir um estágio de exaustão muscular conhecido como overreaching, condição que pode ser recuperada a curto prazo. O overreaching faz parte do planejamento dessa estratégia e da teoria na qual ela se baseia, conhecida como “teoria da supercompensação”.
 
Nem sempre, porém, o atleta se recupera como planejado, e passa a apresentar sintomas da síndrome de overtraining.
Existem outras teorias que buscam justificar a incidência dessa síndrome, como outra hipótese formulada pelo mesmo Smith que supõe que microtraumas esqueléticos e/ou musculares naturalmente causados por exercícios podem levar ao overtraning, ou outra, formulada por Kreider RB. Que acredita que a depleção dos estoques do glicogênio muscular e, consequentemente, da energia, pode desencadear reações em cadeia envolvendo a oxidação intramuscular dos aminoácidos de cadeia ramificada, “o que facilitaria a captação hipotalâmica de triptofano livre e, consequentemente, promoveria uma maior síntese de serotonina (ou 5-hidroxitriptamina) a partir do triptofano, desencadeando a fadiga central e, possivelmente, a síndrome de overtraining”. (trecho colado diretamente do artigo: Aspectos neuroendócrinos e nutricionais em atletas com overtraining). Eric Newsholme propõe que a diminuição nas taxas de glutamina observada em atividades físicas prolongadas poderiam reduzir a resposta imune do corpo, associada ao aumento na taxa de infecções em pessoas com síndrome de overtraining. Existem também pesquisadores que associam altas concentrações de cortisol no sangue à queda de desempenho esportivo e à síndrome supracitada, por ele ser um hormônio hipoglicemiante, catabólico, causador de insônia e inibidor de hormônios reparadores como o GH e a testosterona.


Principais sintomas e como evitar:

Os principais sintomas de overtraining envolvem paralisação no ganho de massa muscular, falta de energia logo no início do treino, dor muscular mesmo após grande período de repouso, dificuldade para dormir e má qualidade no sono, sintomas de depressão e ansiedade, falta de apetite, diminuição da imunidade, náuseas e alterações cardiovasculares.
 
Como se pode notar, muitos dos sintomas dessa síndrome se assemelham aos de outras doenças, por isso um auto diagnóstico pode ser muito impreciso. O melhor a se fazer é manter sempre certos cuidados, atletas ou praticantes de atividade física intensa devem manter algum tipo de acompanhamento de um treinador físico, médico, nutricionista e psicólogo e ter um bom conhecimento do próprio corpo e de como ele reage aos estímulos de sua rotina pesada.

Referências bibliográficas:
http://www.hipertrofia.org/blog/2012/02/15/o-que-voce-realmente-precisa-saber-sobre-o-overtraining/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302005000300006&lng=en&nrm=isso
 

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