Os carboidratos são importantes para os metabolismos
anaeróbios e aeróbios e para a recuperação muscular como foi explanado
anteriormente em outros posts. Além disso, também são essenciais como
substratos energéticos para os exercícios, sendo explicado a seguir o que acontece
durante a restrição prolongada de carboidratos no exercício físico.
Na ausência de carboidrato, o organismo utiliza proteínas
teciduais para restabelecer seus estoques de glicogênio e fornecer energia aos
tecidos. Como o organismo não tem a capacidade de estocar proteínas (o excesso
é eliminado através da uréia), a utilização das proteínas para o fornecimento de
energia pode promover alterações estruturais e funcionais no organismo.
Além dessa inapropriada mobilização de proteínas, a
mobilização de gorduras diminui, acentuando ainda mais a degradação proteica.
É necessário o mínimo de carboidrato para que haja o estímulo à degradação de
gordura, a lipólise, no interior da célula muscular.
A glicose é percussora de acetil-coA como de oxalacetato
a partir do piruvato. Porém, na ausência de glicose, os lipídeos são os fornecedores de
acetil-coA, mas, se não houver oxalacetato nas mesmas proporções, não ocorre a
condensação de ambos e consequente formação de citrato para o funcionamento do
ciclo de Krebs. A diminuição da concentração de citrato reduz a atividade do
ciclo de Krebs, que por sua vez é o maior responsável pela geração de ATPs no
processo oxidativo. Por outro lado, a única maneira do organismo manter as
concentrações adequadas de oxalacetato é quebrando proteínas, porque alguns
aminoácidos também são percussores de oxalacetato.
Contudo, a demanda de aminoácidos não se equivale à de
glicose na formação de oxalacetato e este se mantem diminuído, o que acarreta
em um menor aproveitamento do acetil-coA proveniente dos lipídeos, provocando a
desaceleração da lipólise e o desvio do acetil-coA em excesso para a formação
de corpos cetônicos. Um aumento da circulação de corpos cetônicos implica em
maior toxicidade pelo aumento da acidose sanguínea, diminuindo o desempenho do indivíduo ao realizar o exercício e em alguns casos podendo até causar desmaios e danos neurológicos.
Referências Bibliográficas:
TIRAPEGUI, Julio. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
http://maisestiloquedinheiro.blogspot.com.br/2012/03/segunda-de-saude_19.html
http://dietaslowcarbunb.blogspot.com.br/
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